quinta-feira, 25 de novembro de 2010

- lágrimas :'$


sei que foram noites em branco, aulas em que a única coisa que importava, era o toque de saída e até mesmo esse se tornou banal, pois os intervalos já não tinham alegria, as brincadeiras já não me divertiam, a comida perdeu o sabor, precisava de respirar e por vezes o ar não chegava, o suspiro não era suficiente para me acalmar a dor, aquela dor que me matava tanto por dentro como por fora, e parecia destruir-me, destruir o meu coração, mas o sentimento que nele havia por ti, permanecia forte e sem sequer se mexer do seu sitío. O telemóvel tocava e eu só queria que fosses tu, via coisas que me deixavam totalmente de rastos, diziam-me coisas que me matavam, ou pior que isso, causavam-me uma dor imensa que parecia explodir dinamite dentro de mim. Por mais que tentasse segurar as lágrimas, elas caiam-me pela cara, os meus olhos pareciam não ter mais autoridade sobre elas, naqueles dias as minhas lágrimas eram independentes dos meus olhos, mas dependentes de ti, dependentes da dor e tristeza que me causas-te, e eu, para me acalmar dizía «a felicidade foi algo que nunca me foi dado de bom grado, então eu lutarei, lutarei por ele, alguém que já me fez tão feliz não pode ser capaz de me fazer assim tão triste, e é por já ter sido tão feliz ao lado dele que não desisto, não desisto, não quero e NÃO POSSO!» Porque desta vez é algo diferente, não é algo que seja possível esquecer, nem algo que passe com o tempo, a minha felicidade depende dele, depende felicidade que nele existe e do sorriso que o mesmo erradeia, das palavras, dos momentos, e se desistir dele, estarei a desistir de mim. Aquela dor e este amor, é algo que me ultrapassa completamente, sim, vai para além das minha capacidades como ser humano e não me deixa pensar por mim mesma. Por vezes também pensei «deixa as coisas e ela voltaram» mas as palavras eram faceis de dizer e até mesmo de escrever, mas o acto era dificíl, e eu não conseguia fazê-lo, mas como sempre disse, e como sempre pensei, e apesar de toda a confusão que estava na minha cabeça, algo permaneceu lá dentro, bem sólido e com razão de o ser, então assim passeava a frase pela minha cabeça, parecia vaguear como alguém sem casa para viver, como um vagabundo, como uma estrela-cadente em alto mar, como um peixe em terra, assim andava aquela tal frase que escrevera, causava-me por instantes uma súbita vontade de sorrir e aí as lágrimas não paravam mas entravam pela minha boca como se assim água fossem, causava-me um sentimento de dúvida, um sentimento de stress, era algo inexplicável! A frase tornava a vaguear sózinha, sem rumo, mas com uma certeza, o que nela havia escrito era das maiores e mais puras verdades, então a frase lia-se a si própria fazendo-se entoar na minha cabeça «neste momento está tudo turvo, mas quando as águas assentarem irá ver-se o que está no fundo, o que realmente esteve sempe lá e mesmo verdadeiro» «os meus olhos não conseguem ver o Sol, e este já não é quente» «é uma dor fria, uma dor quente, uma dor sem sentido algum» «será que se eu pedisse tu virias? Se eu precisasse tu virias?» assim andavam as palavras pela minha cabeça, e as dúvidas permaneciam, cada vez mais e maiores, as lágrimas continuavam a escorrer, e eu apenas pensava «este sentimento é tão grande, que parece já ter nascido comigo» e então? Então se isto é o destino, eu vou deixar que ele se guie pelas estrelas e se siga a si próprio, pois se o destino está traçado, eu espero que o nosso esteja traçado junto :$

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